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1º de julho, três décadas de Plano Real

Primeiro de julho de 1994, há 30 anos o Brasil conhecia uma nova moeda, mais uma, e que se chamava Real. O Real é a 12ª moeda brasileira desde o período colonial. O plano Real, como foi batizado por seus criadores, surgia depois de várias outras tentativas fracassadas em ajustar a economia brasileira. 

Somente a partir dos anos 1980, o Cruzado, o Cruzado Novo e os planos Verão e Bresser, Collor I e II. Cada um com sua estratégia, mas todos com algo em comum: a tentativa de barrar a hiperinflação. 

Nas décadas de 1980 e 1990, o país vivia uma hiperinflação que chegou a ultrapassar os 2.500% ao ano.  E em junho de 1994, mês anterior ao seu lançamento, o país havia acumulado 4.922% em 12 meses. A 82% ao mês, a inflação era o monstro que atormentava a vida da população brasileira, principalmente a mais pobre. 

Criado no governo Itamar Franco, por um grupo de economistas, liderado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, o Real substituiu o Cruzeiro Real, moeda de transição criada em 1993 junto com a URV – Unidade Real de Valor. As duas coexistiram por um ano até a entrada em vigor do Real. 

De lá para cá, são três décadas, e ao longo de vários governos e crises nacionais e internacionais, o Real persiste e mantém a estabilidade do país. Ao longo do tempo, a moeda teve momentos de desvalorização, atingindo 10% ao ano. Se comparado com julho de 1994, o Real perdeu 87,6% do seu valor e hoje, um Real vale 0,12 centavos da época. 

Mesmo assim, as gerações mais novas, não sabem o que era viver num país de hiperinflação e o Real foi um marco histórico para o Brasil. 

Reportagem, katia maia

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