Mercado de artes marciais crescerá US$ 249 milhões até 2025
São Paulo 24/11/2021 – O crescimento se deve, especialmente, à adesão de mais crianças e mulheres
A América do Norte lidera o ranking global com crescimento de 45% no período.
O mercado de equipamentos para artes marciais deve crescer cerca de 249 milhões de dólares até 2025, com um fomento anual composto de 5%, segundo relatório divulgado pela Technavio, empresa global de pesquisa industrial. O relatório é segmentado por produto (equipamentos de proteção e de treinamento), usuário final (individual e organização), canal de distribuição (offline e online) e geografia (Américas do Norte e Sul, Europa, Ásia e África). A América do Norte lidera o ranking mundial, com previsão de crescimento de 45% no período analisado. Os Estados Unidos são a principal economia geradora de receita do mercado de equipamentos de MMA (artes marciais mistas), com cerca de 3,6 milhões praticantes ativos no país.
Embora a pandemia de covid-19 tenha impactado fortemente o setor em 2020, resultando no fechamento de academias e no adiamento de campeonatos, o aumento na adoção de tecnologias de condicionamento físico ajudou a impulsionar o setor, com o mercado global de sensores vestíveis estimado em 1,9 milhões de dólares em 2024.
Outro fator é o aumento da conscientização sobre a necessidade de manter um estilo de vida saudável. Segundo Frank Silverman, Diretor Executivo da Martial Arts Industry Association, a economia turbulenta em decorrência da pandemia não deve impactar de forma negativa o futuro das artes marciais. “Negócios bem administrados, que ensinam artes marciais respeitando os protocolos de segurança, têm tudo para prosperar nos próximos anos”, afirma.
O brasileiro Bruno Munduruca, CEO da Fighters Market, uma das empresas líderes no varejo online de vestuário e acessórios para jiu-jitsu, aponta 2021 como o período de maior crescimento desde a fundação da companhia, em 2009. “Crescemos 50% em comparação a 2019, melhor ano da nossa história até então”, afirma o empresário e atleta faixa preta em jiu-jitsu.
Baseada na Califórnia, a Fighters Market oferece um mix de 3 mil produtos, com distribuição nos Estados Unidos, Europa, Austrália, Coréia, Japão e, a partir do ano que vem, no Brasil, incluindo uma loja física em São Paulo. “Por conta da carga tributária, nossa estratégia foi crescer primeiro no exterior para depois investir no Brasil, berço do esporte que ajudamos a expandir no mundo”, conta o empresário, que patrocina 22 atletas, incluindo os brasileiros Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jitsu, e Ícaro Moreno, de 8 anos, três vezes campeão Pan-Americano na categoria infantil. “O crescimento no setor se deve, especialmente, à adesão de mais crianças e mulheres no esporte”, comenta Munduruca.
De acordo com um estudo recente divulgado pela IBIS World, a indústria de artes marciais atende a um público diversificado mas os homens ainda são maioria, com 64,7% do mercado. Praticantes de até 17 anos geram a maior receita do segmento, 55,7%. O estudo revelou também que 35% dos atletas do setor fazem aulas de MMA, seguido de karatê com 22,2%, taekwondo com 12,8% e judô com 10,2%. A pesquisa registrou uma receita total do setor de 5 bilhões de dólares em 2019, com 80.559 empresas de artes marciais em operação.
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