Número de PMEs que migraram para o digital cresceu 208% durante a pandemia
11/10/2021 – A mudança para o digital abriu as portas para o lado bom da pandemia: um ressurgimento do empreendedorismo e da inovação.
O Reino Unido, os Estados Unidos e a Austrália lideram em termos de formação de novas pequenas empresas, que cresceram 32% ano a ano globalmente
Para compreender o impacto que a crise mundial de saúde – e a recuperação contínua – teve em pequenas empresas ao redor do globo, a Mastercard lança hoje o relatório Recovery Insights: Small Business Reset. Olhando para 19 mercados em todo o mundo, o relatório revela que as vendas em empresas de pequeno e médio porte (PMEs) ficaram para trás das empresas maiores em até 20 pontos percentuais no pico da crise. No entanto, os gastos apresentaram uma recuperação em 2021. As vendas totais nas PMEs aumentaram 4,5% ao ano até agosto de 2021 (em comparação com o mesmo período de 2020), enquanto as vendas no comércio eletrônico aumentaram 31,4%.
Com base no novo índice do Mastercard Economics Institute* de desempenho de pequenas empresas em atividades de vendas agregadas e anonimizadas dentro da rede Mastercard, o relatório identifica várias tendências importantes:
• Fechamento: globalmente, as pequenas empresas que fecharam as portas no início da pandemia tinham uma probabilidade três vezes maior do que empresas grandes de permanecerem fechadas no longo prazo. Um terço das pequenas empresas que fecharam as portas em abril de 2020 permaneceram fechadas após seis meses, e cerca de um quinto delas ainda estavam fechadas após 12 meses. A situação variou dependendo do local: nos EUA, aproximadamente um em cada quatro pequenos varejistas (26%) permaneceu fechado após 6 meses, contra aproximadamente um em cada 12 grandes varejistas. No Brasil, essa proporção foi um pouco maior (28%).
• Localização: Os gastos em PMEs varejistas em regiões comerciais centrais caíram 33% em comparação com 2019, enquanto as vendas nos pequenos varejistas suburbanos cresceram 8%. À medida que turistas e trabalhadores permanecem mais próximos de casa, pequenas empresas em bairros comerciais sofrem com a queda nas vendas.
• E-commerce: Após os fechamentos, o número de empresas que migraram para o online a cada mês foi três vezes maior do que nos níveis pré-pandêmicos, com um pico em julho de 2020. Isso reflete o aumento da demanda por um canal de vendas online, bem como o ligeiro atraso depois que os lockdowns começaram a trazer isso para a realidade. A mudança para o digital persiste, desde então, em um nível elevado globalmente. No Brasil, por exemplo, o número de empresas que fizeram essa migração em 2020 cresceu 208% em comparação com a quantidade registrada em 2019.
• Empreendedorismo: um terço a mais de pequenos varejistas abriram suas portas em 2020 do que em 2019, um número quase 8 vezes maior que o da criação de empresas maiores. Esta tendência de uma considerável criação de novas PMEs em 2020 é refletida em todo o mundo: Reino Unido (+101%), EUA (+86%), Austrália (+73%), Alemanha (+62%), Canadá (58%), Brasil (+35%) e África do Sul (+13%).
• Setores – Restaurantes e Hospedagem: pequenas empresas de hospedagem superaram as grandes por uma ampla margem durante os verões de 2020 e 2021. Nos destinos para os quais as pessoas estão viajando, a tendência de permanecer localmente beneficiou pequenas empresas de hospedagem (e atingiu os grandes hotéis). Com os restaurantes foi uma história diferente, com restaurantes PME perdendo dos grandes globalmente em termos de desempenho por aproximadamente 17 pontos percentuais até o momento em 2021.
“O apoio às empresas de bairro tem sido um ponto de atração em toda a pandemia. No entanto, os desafios enfrentados foram muito reais, devido à sua dependência dos mercados locais, cadeias de fornecimento locais e fluxos de caixa mais apertados”, disse Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e diretor do Mastercard Economics Institute. “Mas vemos oportunidades mais brilhantes pela frente. A mudança para o digital abriu as portas para o lado bom da pandemia: um ressurgimento do empreendedorismo e da inovação”.
Apoiar os proprietários de pequenas empresas é uma prioridade contínua para a Mastercard, que se comprometeu a trazer 50 milhões de pequenas empresas e 25 milhões de empresárias para a economia digital até 2025. O currículo do Digital Doors da Mastercard ajuda as empresas a ficarem online e permanecerem protegidas, garantindo que tenham as ferramentas certas para maximizar sua presença digital e integrar com perfeição o comércio eletrônico, incluindo o Diagnóstico de Prontidão Digital das Pequenas Empresas gratuito. Mais recentemente, a Mastercard alocou US$ 25 milhões para ajudar mais de cinco milhões de micro e PMEs a se transformarem digitalmente através da iniciativa Strive.
A Mastercard também trabalha em estreita colaboração com governos, empresas e outras organizações em todo o mundo para criar ambientes, programas e políticas para que as pequenas empresas possam florescer. A Mastercard fornece insights de gastos locais de alta frequência a dezenas de programas municipais, estaduais e federais, como parte de sus programas City Possible e Recovery Insights, bem como conteúdo, como o recente documento de políticas que aborda as formas através das quais os governos podem apoiar a recuperação das PMEs.
Mais informações, podem ser encontradas na versão completa do Recovery Insights: Small Business Reset . Este é o quinto relatório da série de Recovery Insights; outros relatórios podem ser encontrados aqui.
*Metodologia
O Mastercard Economics Institute desenvolveu o Mastercard Small Business Performance Index, um índice de desempenho de pequenas empresas como um sistema de classificação mais universal para PMEs. O índice utiliza um algoritmo abrangente movido a IA para identificar indicadores específicos, como o número de locais, volume de vendas, número de transações, dentro da atividade de vendas agregada e anonimizada na rede Mastercard.