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Aviso da COP26: Empresas Internacionais com Cotação na Bolsa de Valores Podem Causar um Aumento de Temperatura de 3°C

NOVA YORK 12/10/2021 –

Enquanto as emissões diretas continuam aumentando, o MSCI Net-Zero Tracker trimestral revela que as empresas cotadas publicamente irão queimar seu orçamento de emissões de 1,5°C dentro de cinco anos da COP26A MSCI divulga as 10 principais empresas de capital aberto com a maior pegada de emissões do Escopo 1, 2 e 3

As metas climáticas do Acordo de Paris estão cada vez mais distantes, já que as empresas de capital aberto do mundo serão responsáveis pelo aumento de 3°C nas temperaturas no mundo, segundo o último MSCI Net-Zero Tracker.

Com menos de 10% das empresas públicas alinhadas com um limite de aumento de temperatura de 1,5°C, o orçamento mundial de carbono para limitar o aquecimento no mundo a 1,5°C terá se esgotado em novembro de 2026. Este prazo avançou em cinco meses desde o lançamento do Net-Zero Tracker em julho.

Henry Fernández, Presidente do Conselho Administrativo e Diretor Executivo da MSCI, comentou: “As descobertas do MSCI Net-Zero Tracker devem aumentar drasticamente o senso de urgência do mundo para a redução as emissões de gases de efeito estufa. Como os eventos climáticos extremos de 2021 nos lembraram, a mudança climática não é um problema “potencial” para daqui a 30 ou 40 anos. Neste momento, é um perigo claro e presente ao nosso modo de vida. O que fizermos na próxima meia década – e em especial na COP26 em Glasgow – pode fazer a diferença entre evitar ou sentir os piores impactos climáticos. Pedimos que ações contundentes sejam tomadas em vez de palavras na COP26 para desviar o mundo de uma crise iminente e traçar um caminho rumo a um futuro sustentável.”

Emissões devem aumentar 6,7% em 2021

O prazo cada vez menor está sendo impulsionado pelo aumento significativo nas emissões de gases de efeito estufa de empresas públicas, enquanto a atividade econômica mundial se recupera.

O Net-Zero Tracker, um medidor trimestral do progresso da mudança climática em um universo global de 9.300 empresas públicas com base no Índice MSCI de Mercado de Investimentos Mundiais de Todos os Países (ACWI IMI), conclui que as emissões das empresas devem aumentar 6,7% este ano.

Nenhum setor ou região está seguro

O Net-Zero Tracker também descobriu que menos da metade das empresas de capital aberto estão alinhadas com um aumento de temperatura de 2°C. Nenhum setor ou região está alinhado com a meta de 2°C. Mesmo setores de baixa emissão, como o de saúde, tecnologia da informação e serviços financeiros, apresentam valores discrepantes e que consomem uma parte desproporcional do orçamento restante de seu setor.

A partir de uma perspectiva regional, embora seja esperado que as empresas em economias desenvolvidas se tornem mais eficientes em termos de emissões de carbono neste século, todas as regiões ainda emitem em excesso. O problema é mais extremo em Mercados Emergentes (ME) no EMEA, onde o aumento de temperatura implícito das empresas de capital aberto é de 4,8°C, seguido por mercados emergentes das Américas e Ásia, que devem aumentar em 3,8°C e 3,4°C, respectivamente. Para solucionar este problema, as empresas precisam cortar suas emissões absolutas de carbono em 10% ao ano, em média. Entretanto, de 2016 a 2020, menos de um quarto das empresas de capital aberto do mundo alcançaram esta proeza.

Principais lacunas na divulgação das emissões – revelação dos retardatários

Enquanto os investidores e legisladores buscam novos níveis de transparência quanto às emissões, o último Net-Zero Tracker demonstra:

  • Saudi Arabian Oil Company, Gazprom PAO e Coal India Limited são as três principais empresas de capital aberto com a maior pegada de carbono
  • A Shaanxi Coal Industry Company Ltd é a maior emissora a não divulgar nenhuma de suas emissões de gases de efeito estufa
  • GlaxoSmithKline plc, H&M Hennes & Mauritz e Électricité de France S.A. estão listadas entre as 10 principais empresas que publicaram as metas de redução de emissões mais completas
  • Gazprom PAO, A.P. Møller – Mærsk A/S e Toyota Industries Corporation relataram escopos adicionais no trimestre anterior e relatam agora todas as emissões das empresas na maioria das categorias relevantes (ou seja, Escopo 1, 2 e 3)

Remy Briand, Chefe Global de ESG e Clima na MSCI, acrescentou: “Embora seja encorajador que algumas das maiores empresas de capital aberto do mundo estejam dando passos importantes ao ampliar seus relatórios de emissões e estabelecer metas de descarbonização, o Net-Zero Tracker demonstra que ainda há lacunas importantes, já que muitas empresas não divulgam estas informações cruciais. As divulgações climáticas são essenciais aos investidores para ajudá-los a avaliar a intensidade das emissões de carbono de empresas, moldar o risco financeiro referente ao clima e o impacto sobre o desempenho dos portfólios e alocar capital de acordo. Sem divulgações precisas, as chances de empresas e investidores chegarem a zero emissão é uma realidade distante. Solicitamos aos formuladores de políticas e reguladores financeiros na COP26 que tornem obrigatórias as divulgações referentes ao clima com base em padrões internacionais.”

Sobre a MSCI Inc.

A MSCI é líder no fornecimento de ferramentas e serviços de suporte a decisões cruciais para a comunidade mundial de investimentos. Com mais de 50 anos de experiência em pesquisa, dados e tecnologia, podemos tomar melhores decisões de investimento ao permitir que clientes entendam e analisem os principais aspectos de risco e retorno bem como elaborem com confiança portfólios mais efetivos. Criamos soluções aprimoradas de pesquisa com liderança no setor, as quais os clientes usam para obter percepções e aperfeiçoar a transparência ao longo do processo de investimento.

Notas aos Editores

* Gigaton é igual a um bilhão de toneladas

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Fonte: BUSINESS WIRE

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