Rotina de autocuidado e atenção à saúde aumentaram na pandemia
São Paulo, SP 5/11/2021 – Quem se prepara para a data, terá um retorno melhor, mais lucro, menos perdas e conseguirá atender mais clientes.
A preocupação com a saúde e os cuidados para elevar a autoestima mostram que o setor de cosméticos continua sendo um dos mais fortes do país, apesar da crise econômica que atinge milhões de brasileiros. Especialista dá dica para quem quer vender mais no Natal.
Considerado um dos segmentos de maior crescimento na área do varejo, o mercado de beleza vem se consolidando e conquistando cada vez mais espaço na promoção do bem-estar e autoestima dos brasileiros. Estudo realizado neste ano e apresentado em evento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) mostrou que 43% dos consumidores enxergaram na pandemia uma oportunidade de mudar os hábitos de saúde. Além disso, foi verificado que o uso de fragrâncias teve aumento de 14%, enquanto os cuidados com a pele aumentaram 43,8%.
Os números mostram que apesar da forte crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, o setor ainda respira e conseguiu resultado positivo em vendas no primeiro semestre do ano, conforme dados da ABIHPEC. Mesmo em ritmo menor do que o esperado pelos fabricantes, o Brasil ainda ocupa a posição de quarto maior mercado consumidor de beleza e cuidados pessoais, como mostrou estudo realizado pelo provedor de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional.
Em relação às vendas, principalmente quando o isolamento social foi maior em momentos críticos da pandemia da Covid-19, o uso da internet foi fundamental. O aumento do acesso a plataformas digitais para compras aumentou 31% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 53,4 bilhões. Em relação a 2019, o aumento das vendas no ano passado foi de 53%. Os dados são da 44ª edição da pesquisa Webshoppers, da Ebit/Nielsen.
Mesmo que o setor de cosméticos não tenha contribuído de forma significativa para as vendas online no primeiro semestre de 2021, como demonstrou a última edição da pesquisa Webshoppers, as expectativas para o Natal são animadoras. De acordo com a farmacêutica Milene Fernanda da Cruz Carrasco, com 16 anos de experiência no mercado de cosméticos, os produtos de beleza representam, em média, 30% dos presentes de final de ano. Por isso, para revendedores essa é a melhor época do ano. “Para se preparar para essa data, os revendedores devem estar com o estoque devidamente abastecido para a pronta-entrega, conhecer o perfil do seu cliente, suas preferências e perfis de consumo, ou seja, se preferem comprar presentes mais caros, ou as ‘lembrancinhas’”, aconselha.
Especializada em marketing voltado para vendas de produtos de beleza, Carrasco informa que o conhecimento sobre as preferências do cliente vai ajudar o vendedor a montar um estoque que terá melhor saída, permitindo o investimento em produtos que não ficarão encalhados nas prateleiras, ainda que virtuais. Outra dica que ela dá é apostar sempre nas vendas pelas redes sociais para o contato com os clientes. “Se preparar antes da data, “ativar” sua carteira de clientes, preparando-os para a data de Natal, enviar fotos dos produtos à pronta-entrega, avisando que está disponível para atendê-lo, são ações simples que ajudam muito nesse período”, explica.
A profissional complementa que “o Natal é uma guerra”, no bom sentido. “Quem se prepara para a data, terá um retorno melhor, mais lucro, menos perdas e conseguirá atender mais clientes”, enfatiza.
Até 2026, pelo menos 30% das compras de cosméticos serão feitas pela Internet
A força das compras on-line não deve diminuir no pós-pandemia. Relatório elaborado em agosto passado pela Edge by Ascential mostrou que o consumo de cosméticos adquiridos pela internet deve crescer quase 30% até 2026, em todo o mundo. Em 2021, o consumo on-line desses produtos representa quase 20%.
Segundo a pesquisa da empresa, as vendas on-line do setor vão aumentar até 12,1% daqui a cinco anos, o dobro do esperado pelas vendas em lojas físicas, que não devem passar de 3%, de acordo com as estimativas.