Foi precisando de sangue para o marido, que a diarista Marta Gomes viu a necessidade de se tornar uma doadora. A procura por alguém que pudesse ajudar a salvar vida do esposo, que havia passado por uma cirurgia, foi desesperadora, desde então ela decidiu ajudar outras pessoas. “Quando ele precisou de sangue, todos nós saímos em busca de doadores, foi muito difícil correr contra o tempo, para que o sangue ajudasse a salvar a vida dele. Desde então eu vi a grande necessidade de ajudar quem mais precisa”, disse ela.
A doação de sangue é um gesto solidário de doar uma pequena quantidade do próprio sangue para salvar a vida de pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias. Além de pessoas que submetem a procedimentos e intervenções médicas, o sangue também é indispensável para que pacientes com doenças crônicas graves – como Doença Falciforme e Talassemia – possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além de ser de vital importância para tratar feridos em emergências ou calamidades.
Após receber a doação de sangue, o esposo de Marta viveu por mais dois anos, hoje ele não está entre nós, mas ela segue fazendo o bem para quem precisa. Para a equipe do Elas Informam, Marta destacou que mesmo sem o esposo ao lado, ela segue fazendo seu papel: “Não é porque meu esposo faleceu, que vou parar de doar, aquele sangue doado me fez conviver ao lado dele por mais dois anos e eu sou muito grata aos doadores. Não falho nas minhas doações, por saber da importância e de que um pouco do meu sangue, pode levar vida a outro ser humano”. Finalizou.
No Amapá, o Instituto de Hematologia e Hemoterapia – Hemoap, localizado na Avenida Raimundo Álvares da Costa, 1093, Bairro central, completou no dia 16 de abril, 27 anos de atuação a serviço da saúde, e preparou nesta quarta-feira, 19, uma programação para agradecer à população doadora.
Com a missão de coordenar e desenvolver a política estadual de sangue, seus componentes e derivados, prestando assim, atendimento hematológico e hemoterápico à sociedade. De acordo com Eldren Lage, diretor presidente do Hemoap, mais de 180 mil pessoas já doaram sangue ao menos uma vez em todo Estado: “Se formos mensurar a quantidade de pessoas solidarias, temos mais de 180 mil que procuraram o hemocentro e doaram ao menos uma vez, Hoje estamos comemorando 27 anos de doação não somente de sangue, mas de vida. Quero agradecer a cada pessoa que passa aqui, que doa e, acima de tudo, que não para de doar”.
O diretor destaca que os sangues de tipagem negativa, são os mais raros e mais difíceis de serem doados: “Graças a Deus, temos muitas pessoas solidárias, eu aproveito a oportunidade, para convidar a população dos sangues de tipagem negativa, pois sabemos a dificuldade de encontra-los quando precisamos”.
Para ser um doador, é preciso estar em boas condições de saúde, não ter apresentado sinais ou sintomas de gripe comum nos últimos 14 dias, não ter tido COVID-19 nos últimos 10 dias. Ter entre 16 e 69 anos. A idade máxima para a primeira doação é 60 anos. Os candidatos que já tiverem doado pelo menos uma vez antes dos 60 anos, poderão doar até 69 anos. Menores de 18 anos é necessário assinatura no termo de consentimento pelo responsável legal. É preciso pesar no mínimo 50kg. Levar um documento oficial com foto, estar descansado (ter dormido pelo menos 6h na noite anterior). Estar bem alimentado (evitar alimentações gordurosas nas 3h que antecedem a doação). Não ingerir bebida alcóolica no mínimo 12h antes. Não ter fumado pelo menos 2h antes e lembrar que doar sangue, é doar vida!
