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Falta de medicamentos em Unidades Básicas de Saúde de Macapá prejudicam atendimentos a pacientes

O desabastecimento de medicamentos em Unidades Básicas de Saúdes do município de Macapá desde o mês de fevereiro está causando prejuízo aos pacientes que buscam atendimentos na Atenção Básica. Segundo denúncias de um enfermeiro ao Portal Lado B, que  atua  na capital, o momento é muito difícil. O profissional da saúde quis manter sua identidade preservada com medo de retaliação.

 

O Portal Lado B confirmou através também de uma lista do  Departamento de Assistência Farmacêutica (Dafa) enviada pelo enfermeiro que as UBS estão desabastecidas, falta medicamentos básicos como:  Paracetamol, Amoxilina, Cefalexina, cremes vaginais, medicamentos protetores gástricos como Omeprazol, hidróxido de alumínio e muitos outros.

 

Outro problema são os curativos, as UBS só têm no momento Neomicina, o que inviabiliza tratamento adequado para os pacientes. Segundo o enfermeiro que atua na Atenção Básica de Macapá, a realidade é bem complicada.

 

“Essa falta de medicamentos obriga os pacientes a comprar com recursos próprios, o que nem sempre é uma realidade visto a atual conjuntura. Esse desabastecimento compromete o processo assistencial e resulta em risco para os pacientes, indo de encontro ao que é preconizado pela política nacional de Atenção Básica (Portaria Nº 2.436, de 21 de Setembro de 2017) que fala da prevenção e promoção da saúde. O quadro é pior ainda para os portadores de doenças crônicas não transmissíveis”, explicou.

 

Lista de Medicamentos que estão em falta nas Unidades de Saúde do município de Macapá

Ele destacou que os enfermeiros de uma Unidade Básica de Saúde chegaram a alertar sobre o problema a Secretaria de Saúde de Macapá, mas que nada foi feito. A gestão alegou que falta abrir o orçamento. Por outro lado, com o decreto de calamidade  púbica a gestão pode fazer compras emergenciais.

 

Falta de medicamentos nas UBS vocacionas de COVID-19

A Força Nacional de Fiscalização ( FNFIS) realizou  uma inspeção no último dia  6 de abril nas UBS vocacionadas para Covid- 19, e detectou também a falta de medicamentos para intubação de pacientes, descarte inadequado das vestimentas dos profissionais da linha de frente e o ambiente de descanso improvisado que é no colchão  no chão.

 

“Estamos trabalhando arduamente para defender a enfermagem amapaense, bem como a sociedade para que seja garantido uma assistência de qualidade em nosso estado do Amapá”. afirmou a presidente do Regional Conselho Regional dê Enfermagem, Emília Pimentel.

 

OUTRO LADO:

A reportagem do Portal entrou em contato com Assessoria de Comunicação da prefeitura de Macapá. A assessoria ficou de mandar algum posicionamento, mas até o fechamento desta matéria não enviou nada.

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