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Funcionária de empresa privada é investigada pela PF por liberar ilegalmente veículos apreendidos pela PRF no Amapá.

Foi deflagrada na manhã desta terça-feira, pela Polícia Federal no Amapá a Operação Pretium, que investiga e apura os crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa, possivelmente praticados por uma funcionária de uma empresa responsável pela guarda de veículos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal – PRF/AP. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Novo Buritizal e Cabralzinho, no município de Macapá.


De acordo com a Polícia Federal, as investigações foram iniciadas após denuncias com informações que a servidora em questão, cobrava valores indevidos para liberar veículos apreendidos pela PRF. A fraude era executada da seguinte maneira: veículos eram legalmente apreendidos pela PRF e encaminhados para o pátio, administrado por uma empresa. Para liberação destes, era necessário que os proprietários pagassem todos os débitos existentes, tais como IPVA, multas, licenciamento, custo com a remoção do veículo e a diária do pátio e aguardassem a emissão de um termo de liberação de veículo, emitido pela PRF. No entanto, quando os proprietários se dirigiam até o pátio da empresa, eram recebidos pela investigada, que cobrava uma “taxa” para liberação do veículo naquele momento. A investigada informava que a taxa era referente à “entrada” e o restante do débito seria enviado posteriormente para ser pago por meio de boleto. Isso se deve ao fato de que, com os valores recebidos, a investigada realizava o pagamento dos encargos referentes ao pátio, a fim de não levantar suspeitas internas, e se apropriava do restante dos valores, de forma que os débitos incidentes sobre os veículos permaneciam em aberto. Os proprietários faziam transferência via “pix” na conta da investigada e retiravam os veículos. Porém, quando eram abordados novamente na rodovia, a PRF constatava que o veículo deveria estar no pátio, pois ainda havia débitos. Há indícios que a investigada enviava comprovantes falsos à PRF para conseguir a liberação dos veículos.

Imagem: Asscom PF


As equipes da Polícia Federal, identificaram também, que os valores recebidos indevidamente, eram repassados para um familiar da investigada, para um outro servidor e para uma terceira pessoa. De acordo com o levantamento da PF, verificou que mais de 20 veículos foram liberados mediante pagamento desses possíveis participantes do esquema. A PF apura a participação dos indivíduos, bem como de outras pessoas. Os investigados poderão responder pelos crimes estelionato majorado, falsidade ideológica e associação criminosa. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 20 anos de reclusão e pagamento de multa.

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