Policiais da Polícia Federal do Amapá deflagraram, na manhã desta quinta-feira, 25, a operação Argos, que apura o crime de falsidade ideológica eleitoral, também conhecido como “caixa 2 eleitoral”. Os mandados de busca e apreensão ocorreram em Macapá e no município de Ferreira Gomes.
A ação contou com a presença de 15 policiais federais que deram cumprimento a três mandados de busca a apreensão, sendo dois no interior e um na capital, no bairro Marco Zero.
Este trabalho é decorrente da Operação Miríade II, deflagrada em dezembro de 2019, que reprimiu fraudes na obtenção e regularização em títulos de terras públicas da União no estado. Naquela oportunidade, foram descobertos documentos que apontavam para o cometimento dos crimes hoje apurados, de “caixa dois” eleitoral.
A investigação denominada Argos revelou que um indivíduo, ligado a um grupo político-partidário de Macapá, “injetava” dinheiro nas campanhas eleitorais de candidatos do interior para obter o apoio deles em eleições futuras para cargos como deputado estadual, federal, prefeito de Macapá, senador e governador do estado.
O dinheiro era repassado em forma de doação de campanha, e essa ação não tinha a devida prestação de contas junto aos órgãos de fiscalização eleitoral. Participaram do esquema candidatos a diferentes cargos públicos nas eleições de 2018.
Um dos investigados pelo MPF, o empresário Hildegard Gurgel, que é investigado como líder do grupo, e de acordo com a polícia federal o mesmo se vale de um aparato empresarial e político para tentar se blindar das ações da Polícia Federal.
Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelo crime de falsidade ideológica eleitoral, com pena prevista de até cinco anos de reclusão.