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Vereador Dudu Tavares participa do lançamento dos livros da escritora Esmeraldina Santos

O evento, que aconteceu na quinta-feira, 13, na Maloca da Tia Chiquinha, no Curiaú e contou com roda de conversa para e apresentação de marabaixo.

 

O vereador Dudu Tavares (PDT), prestigiou na quinta-feira, 13, o lançamento dos livros “Sonho de uma menina” e “O encanto do boto” da escritora e marabaixeira do quilombo do Curiaú, Esmeraldina Santos. O evento, que aconteceu na Maloca da Tia Chiquinha, no Curiaú, também contou com roda de conversa sobre identidade negra e o 13 de maio e apresentação de marabaixo.

O parlamentar destacou que ver a história da escritora fortalece o movimento de resistência do quilombo, pois mostra que a luta não tem tempo, nem idade.

“A idade não envelhece, pelo contrário, tia Esmeraldina, com mais idade continua sendo um exemplo de resistência. E para nós que somos mais novos fica um questionamento para perturbar nossa alma e existência: Estamos fazendo aquilo que devemos para que se torne realidade? Precisamos deixar de falar e começar a viver”, destacou Dudu Tavares.

As obras reproduzem as histórias dos quilombos e a realidade das comunidades, com músicas de ladrão e marabaixo. O material é rico em cultura e segundo o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), estará na sala de aula como ferramenta pedagógica para as crianças do ensino infantil do município.

Para Esmeraldina, que é filha da tia Chiquinha, uma figura ilustre do quilombo do Curiaú, a inspiração vem da valorização e do respeito da ancestralidade do povo negro, que é cantada e dançada no marabaixo, a maior identidade cultural do Amapá.

“Hoje eu olho para trás, depois de tudo que vivi e passei, e vejo o quanto de força eu tenho em minha vida. Agradeço muito a Deus e a todos que fazem parte do que vivi”, destacou a escritora.

 

Roda de conversa

A maloca da tia Chiquinha é um espaço de cultura e de tradições do povo quilombola, e onde aconteceu o evento. Na roda de conversa o Dudu Tavares falou sobre a necessidade do protagonismo negro com empoderamento de luta por novos espaços.

“Ainda hoje, vivemos o 14 de maio, olhando para o dia 13 de 133 anos atrás. Há necessidade de políticas públicas afirmativas, que vão muito mais além de criar uma lei. Nós precisamos resguardar nosso espaço histórico e difundi-lo, por isso tia Esmeraldina é esse pilar. Precisamos construir o 15 de maio e fazer começar a acontecer. E a palavra que fica é: sai da frente com o teu racismo que nós vamos passar com a nossa luz”, finalizou Dudu Tavares.

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